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[Coluna NES] A força de nosso povo

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Por Betho Wilson

Se tem uma coisa positiva a ser citada nesse período horroroso que está sendo o da pandemia desse novo coronavírus sem dúvida nenhuma é o reinventar-se que nos fez evoluir no ponto de vista da sobrevivência.

Adequamos nossas vidas mediante ao ambiente que nos circunda, somos produtos desse meio onde estamos ambientados e, por tanto, acomodados com a rotina que nos é imposta pela vida cíclica.

Muitas foram às vezes na história que tivemos que recorrer ao espírito inventivo e criativo trazido no “DNA” de nossa espécie: pós-guerras, tragédias humanitárias, cataclismas, etc. Acontecimentos que nos balançam como que coqueiros mexidos pelo vento, mas que se mantém de pé na luta contra a extinção.

Dessa vez, em meio a tanta teoria conspiratória, temos o Sars Cov 2, o tal coronavírus que colocou o mundo inteiro sob alerta constante submetendo-nos a convivência com o medo real da morte ao contrair esse vírus que funciona como uma roleta russa poupando uns e ceifando outros.

Esse cenário horrendo que paralisou muitos com a força do medo pelo desconhecido futuro que se apresentara aos nossos olhos, também tirou a maioria de nós da procrastinação, nos balançou e fez eclodir o que temos de mais especial que é a força primordial da sobrevivência. Diante de tantos fechamentos de empresas de toda categoria de seguimento elevando o desemprego a números caóticos ante a falta de preparo do estado em dar suporte suficiente ao povo, em meio ao turbilhão de desinformação diário que nos deixava mais confuso a cada novo noticiário, surgiu a necessidade de reinventar-se.

Falando especificamente daqui da nossa comunidade vi nascer novos e bons profissionais que passaram a entender a importância da autonomia quando se trata em existência dentro de uma sociedade capitalista como a nossa que visa apenas o lucro como prioridade.

Trancistas, chefes de cozinha, criadores de conteúdo para a Internet, artistas plásticos, costureiras, “designers” de joias, quituteiras, palestrantes, bailarinos, luthiers, uma infinidade de possibilidades que salvaram literalmente muitos de nós que sem saber o que fazer diante do desemprego e do aporte do Estado encontrou em dons adormecidos a fórmula para superar as adversidades desse tempo.

Muito me orgulho do nosso povo, um grande viva para os nossos!

Atrelado a tudo isso existe também a questão do apoio ao profissional liberal local, a comunidade entendeu a necessidade de consumir as produções e criações concebidas no seio da população do Nordeste e isso deu um crescimento significativo na econômica local fazendo a moeda circular por todos e assim como que uma balsa num mar revolto salva os náufragos, fomos nós mesmos responsáveis diretos pela nossa permanência.

Tivemos e ainda temos aqueles que caridosamente se propõe a buscar doações e isso é louvável e digno demais, essas pessoas merecem a nossa gratidão para sempre. Tivemos ainda alguma ajuda financeira do Estado que, embora tenha sido com um valor diminuto, ínfimo, nos serviu também, mas nada que se compare ao que cada um buscou no intuito de sobrepor a crise.

Hoje amanheci feliz e grato porque assim como vocês que me leem semanalmente nessa coluna, eu também tive que me reinventar para cuidar dos meus e essa gratidão que sinto agora vem cheia de orgulho de minha postura ter ido fazer sem esperar.

Desejo de coração a todos nós (me incluo) o melhor que a vida possa oferecer. Sigamos firmes, justos, fortes e sobretudo unidos para fazermos de nosso bairro sempre um lugar melhor.

Redação NES
Redação NES
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