Raiane Oliveira, 21 anos, é dona de uma belíssima história, cheia de compaixão. Moradora da Rua do Gás, passou a vender bolos e sopa na frente de casa, mas com a chegada do Coronavírus, precisou interromper o pequeno empreendimento. Com isso, começou a doar o tempo que tem ajudando dois idosos, sua avó Euflosina Maria, de 72 anos, e seu vizinho Grinaldo Sousa de 80 anos, que recentemente ficou viúvo.
” Eu trabalhava na área de Telemarketing e fiquei desempregada por alguns meses, então comecei a fazer sorvetes e através disso eu tirava o sustento para minha filha. Mas aí o freezer quebrou, e então eu tive a ideia de vender bolo e sopa na porta de casa. Nos dias que eu não vendo ou antes do horário das vendas, pouco antes da esposa do meu vizinho falecer, e tinha o costume de sempre perguntar se eles precisavam de algo ou apenas passar um tempo com eles. E agora com a quarentena, eu consigo me doar muito mais para ajudar ele e minha avó ”, conta.
Raiane já tinha o costume de ajudar a avó desde sempre. dona Euflosina, cria sozinha duas crianças de 4 e 1 ano de idade, e a ajuda financeira de Raiane sempre foi muito bem-vinda: ” Eu sempre ajudei minha vó desde a época do trabalho com telemarketing. Sempre comprei frutas pra ela por ser diabética, remédios, e panos de prato porque ela gosta muito de fazer bordados para vender e com o dinheiro que ganha, ajuda na criação os meus dois primos que ela adotou como filhos. ”
Já seu Grinaldo, ficou viúvo a cerca de 15 dias, e a ajuda de Raiane também é fundamental, como ela explica ” Agora que ele está sozinho, eu costumo ficar conversando com ele na porta de casa até alguém da família dele chegar, estou sempre tentando arrumar um jeito de destrair ele. Por conta do coronavírus, eu tenho me deslocado sempre para comprar o necessário tanto pra ele como pra minha vó, para que eles não precisem sair de casa ” .
Além de ajudar os outros, Raiane também se esforça pra não deixar faltar nada dentro de casa, já que na sua família todos estão desempregados. ”Todos aqui em casa estão sem trabalhar, foi uma surpresa pra todos mas eu nunca desisti, sempre acho um jeito de trazer algo pra dentro de casa. Minha mãe é formada em comidas baianas, e eu sempre estou comprando ingredientes pra ela com algum dinheiro que eu faço. Atualmente, eu tenho curso de design de sombrancelhas, manicure, quick massage e faço faculdade de estética. ”, explica a jovem.
” Meu vizinho fica na frente de casa esperando passar alguém mais próximo pra ele pedir pra ir comprar alguma coisa, correndo risco de saúde. E pra evitar que eles saiam de casa, eu tive essa ideia ”, completa Raiane.
Aqueles que puderem ajudar podem entrar em contato direto com Raiane : (71) 9 8760-4492
