“Promover a saúde dos alunos, além de garantir o ensino de comportamentos preventivos”. Esses são os principais objetivos do projeto “Lanche Saudável”, iniciativa da Escola Professor Bernardino Moreira. A projeto propõe “uma aprendizagem relacionada com a manipulação e processamento de alimentos, bem como a possibilidade de que os alunos distingam entre aqueles positivos e negativos”.
Como explica a coordenadora pedagógica da instituição, Andréia Teixeira:
“É necessário que ensine as crianças a reconhecer quais alimentos são bons para saúde, para que gradualmente adquiram novos hábitos nutricionais e incorporem novos sabores e consistências, impedindo-as de ter problemas relacionados à alimentação tão comuns hoje em dia, como por exemplo: cáries dentárias, abusos de doces ou obesidade pelo consumo de alimentos gordurosos e com alto colesterol”.
A nutricionista Jaqueline Magalhães destacou a importância do projeto. De acordo com a profissional, ao ofertar alimentação saudável para as crianças, a escola está contribuindo para a a melhora da imunidade, na formação do paladar, na diminuição do risco de obesidade, diabetes, dislipidemia (triglicerides e colesterol aumentado), além de outras comodidades associada ao excesso de peso.
“A escola é a primeira rotina fora de casa, para auxiliar a mães que tem dificuldade em escolher o que mandar para a escola, é de grande valia ter um cardápio orientando o que levar, grupos alimentares e incentivo na redução do lixo de alimentos industrializados, (embalagens plásticas)”, explica Jaquelina, que é mãe de um aluno da instituição.
“Grupos alimentares como proteínas e gorduras auxiliam na manutenção do baixo índice glicêmico e também é associado a melhora da saciedade. Desta forma acrescentaria também sementes e oleaginosas como boas fontes de gordura no lanche das crianças”, acrescenta a nutricionista.
O professor de Educação Física da EPBM, Alexsandro Oliveira, ressalta que “a nutrição em fase de desenvolvimento é essencial, principalmente em fase escolar onde temos o maior pico de desenvolvimento e crescimento motor e cognitivo”.
“Nossas células precisam cada vez mais de micronutrientes ou uma excelente alimentação para suprir as demandas funcionais do corpo humano que hoje o estudante tem na escola, em especial as aulas de educação física que colaboram diretamente no crescimento e desenvolvimento psicomotor. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), saúde é o completo bem estar físico, mental e social. Nesse últimos 2 anos tivemos uma queda enorme na sociabilidade ou comunicação direta entre os alunos, a parte física ou motora teve atrasos no desempenho para o esporte e jogos e brincadeiras na escola, e a parte mental que foi drasticamente afetada”, argumenta o professor.
“Com a volta às aulas presenciais e de suma importância dar ênfase no desenvolvimento psicomotor nas aulas de Educação Física, onde terá a nutrição ou a alimentação saudável, para a manutenção da células, maior estimulação de energia corporal e principalmente para os alunos obterem saúde”, finaliza.