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ACM Neto: ‘Sistema de saúde de Salvador pode entrar em colapso após 24 de maio’

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Por Bahia.BA

Em meio a um quadro preocupante de ocupação dos leitos hospitalares na capital baiana, o prefeito ACM Neto afirmou nesta sexta-feira (15), em coletiva de imprensa virtual, que mesmo com os esforços acertados da Prefeitura de Salvador, como as medidas de restrição de circulação de pessoas e de veículos em localidades específicas da cidade, um cenário de colapso no sistema de saúde [público e privado] não está descartado se não forem reduzidas as taxas de propagação do coronavírus. Salvador tem hoje 48% dos leitos clínicos e 61% dos de UTI dedicados a tratar pacientes com a covid-19 já preenchidos.

“Graças às medidas de isolamento ganhamos uma semana até uma situação de escassez total de leitos. Estudos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) previam o colapso na saúde pública de Salvador dia 14 de maio, nos casos dos leitos clínicos para pacientes com a covid-19, e dia 20, para as UTIs. Mas, graças à ampliação do suporte em saúde e às medidas de isolamento social, conseguimos derrubar a taxa de transmissão e o colapso não aconteceu. Até o dia 24, posso dizer que não há risco de saturação. A partir daí pode haver mais pacientes do que leitos”, pontuou o prefeito.

Prorrogação ou ampliação das medidas restritivas 

Em resposta a questionamento do bahia.ba sobrea possibilidade de prorrogação ou ampliação dos decretos com medidas restritivas na cidade, como nos bairros da Pituba, Plataforma, Boca do Rio e parte do Centro, Acm Neto disse que na segunda-feira (18) fará um balanço em relação aos decretos, para logo depois anunciar o encerramento da ação em determinado bairro e a inclusão de outra região da cidade. Cajazeiras é uma das regiões observadas de perto pela Prefeitura.

“Consideramos que a operação nos primeiros bairros abordados foi exitosa.  Estamos observando a região de Cajazeiras, principalmente aquela área mais intensa da Rótula da Feirinha, em Cajazeiras X. Pode ter alguma medida, mas não quero antecipar. Pois não é só essa localidade. Temos Brotas, Pernambués, São Marcos, Pau da Lima, São Cristóvão, Lima e Silva, na Liberdade, Paripe e Periperi. Estamos cruzando os dados e onde houver maior risco de contaminação vamos anunciar as medidas”, ressaltou Neto.

Ainda de acordo com o gestor, a análise para a inclusão de uma localidade não é simplesmente pela quantidade de pessoas circulando nas ruas. “Fazemos o cruzamento de várias informações, como o número de pessoas, de veículos, de novos casos, de óbitos, das interdições nos estabelecimentos que não estão cumprindo os decretos municipais. Uma série de dados entram na análise. Se fosse o objetivo suspender inteiramente a circulação de pessoas na cidade, não estaríamos adotando as medidas setoriais, aí era o caso de adotar o lockdown. Esse não é o protocolo no momento. E se um dia vier a ser, não será uma decisão apenas da Prefeitura, mas juntamente com o Governo do Estado , que tem a competência de decretar o fechamento completo”, concluiu.

Redação NES
Redação NES
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