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Guerreiras do Nordeste – Exemplos de mulheres empreendedoras

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É comum andar pelo bairro e ver no comércio local, mulheres administrando vários estabelecimentos. De acordo com o SEBRAE, cerca de 24 milhões de mulheres empreendem no Brasil. Os motivos são dos mais variados, desde autonomia financeira, até complementação de renda, já que infelizmente no país as mulheres ganham menos que os homens, mesmo estando em cargos semelhantes. Ainda de acordo com o SEBRAE na Bahia são cerca de 800 mil pequenos negócios cadastrados, destes, 50% são chefiados por mulheres.

 As estatísticas demonstram que as mulheres nos últimos anos abriram mais negócios do que os homens e, no nosso bairro, não poderia ser diferente. De escolas até oficinas de refrigeração, são muitos os negócios em que mulheres são protagonistas e mesmo com todas as dificuldades vão empreendendo. O fato é que independente do seguimento e do motivo, o empreendedorismo feminino está cada dia mais forte.

Para Michele Silva 37 anos e consultora de beleza, a necessidade de pagar as contas e finalizar a faculdade foi o motivação para empreender. Moradora do complexo desde que nasceu, Michele fala das dificuldades de empreender no Brasil. “Não temos incentivo de empreender no país. Além de caro, é muito complicado”. “Falta estímulo, por parte do governo, principalmente para os pequenos empresários”. Segundo ela quando o empreendedor é mulher, as dificuldades são maiores ainda. “O fato de sermos vistas como sexo frágil, temos que provar pra sociedade, além da nossa capacidade, o tempo todo tendo que provar que somos tão capazes quanto os homens”.

De acordo com os dados do SEBRAE, Como têm mais barreiras para superar, as mulheres costumam ser mais criativas e têm maior foco no atendimento ao cliente e colocam uma certa dose de afetividade naquilo que fazem. E foi com esse tratamento especial com a clientela, que fez com que Alexinalda de Jesus de 46 anos, mais conhecida como Alexia, conseguir espaço em seu seguimento. “Foi acontecendo meio sem querer, comecei ajudando meus irmãos, que são chefes de cozinha, e hoje tenho minha própria empresa. Sempre tendo como característica aquele atendimento mais humano possível, entendo o que o cliente deseja e tentando sempre materializar seus sonhos”. Também nascida e criada no Vale das Pedrinhas e hoje proprietária de um Buffet, Alexia fala da infância difícil. “Éramos uma família de seis irmãos, quando criança passei por várias dificuldades, quando chovia minha casa alagava. Só que os problemas do passado, o fato de você vir de família humilde, de morar num bairro de risco, só me dava mais garra pra seguir em frente”, afirma.

Relatos como esses são rotinas cada vez mais comuns nas periferias baianas e brasileiras. Mais do que isso, é uma realidade mundial. Por esse motivo a ONU (Organizações das Nações Unidas), criou o Dia do Empreendedorismo Feminino, uma justa e merecida homenagem a essas guerreiras que cada dia mais vão conquistando seu espaço.

Redação NES
Redação NES
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