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[Talento NES] Moradora da Santa Cruz tem textos publicado em importante livro de poesia

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Durante décadas couberam às mulheres o silenciamento das suas vozes na literatura, porém esse cenário tem mudado. Após um processo árduo de bastantes lutas e resistências, hoje, contemplamos essas vozes ecoando, e tendo seu devido reconhecimento junto à literatura brasileira. Uma das falas que integram esta conjuntura é da graduada em Relações Públicas, produtora cultural, poetisa, ativista social, e cria da Santa Cruz, Adriele do Carmo. A escritora teve seu material literário publicado no livro “O Diferencial da Favela –  Dos cantos às Poesias de Quebrada”.

Esse é o terceiro livro do grupo Sarau da Onça. O lançamento aconteceu no início do mês no Centro de Pastoral Afro Padre Heitor (CENPAH), em Sussuarana. “Sinto-me muito honrada e feliz em estar dentro desta antologia. É um marco na poesia baiana. Uma antologia de vozes periféricas, que tem muita mais dificuldade para serem publicadas e divulgadas, o que torna o livro e o fato de estar participando dele ainda mais simbólico”, ressalta Adriele do Carmo descrevendo a sensação de ter suas poesias no livro.

O lançamento faz parte da comemoração de oito anos do grupo que foi criado para transformar a vida dos jovens da periferia de Salvador.  Com experiência na área, a poetisa que caminha para sua terceira publicação, conta quais os desafios enfrentados em cada lançamento: “Cada obra publicada é uma emoção diferente, o primeiro é muito especial, mas no terceiro ainda sinto o frio na barriga e estou longe de ser veterana. Pode esperar mais maturidade e confiança”, explica a jovem escritora.

Para a amante da literatura, Adriele do Carmo, uma das suas principais inspirações é a sua rotina.  São elas que norteiam suas composições: “Minha realidade, a minha vida, os poetas e poetisas que estão ai movimentando a cena literária em Salvador (são mais de 50, então não dá para citar todxs), autores que leio desde sempre como Lia Luft. Estou num livro com pessoas que são minhas referências. Pessoas que estão aí, produzindo individualmente ou organizadas em coletivos como o Sarau da Onça, Sarau Livre, Resistência Poética, Frôceta. Isso é extraordinário! Escrevo em qualquer lugar, a poesia para mim geralmente vem pronta. Vejo, sinto, escrevo. É um processo orgânico. Por isso sempre tenho papel e caneta na bolsa e o bloco de notas no celular vive cheio. Eu escrevo sempre que preciso, e preciso sempre!”, ressalta Adrielle.

Para mais informações e compra do livro:

@adrieledocarmo_ (instagram)

Luis Lago
Luis Lago
Amante da Literatura, apaixonado pelas Letras. Discente de Letras Vernáculas e Língua Inglesa, poeta, escritor , blogueiro, professor e Repórter do site NES.

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