Em entrevista ao programa Luciana By Night, da apresentadora Luciana Gimenez, na Rede TV!, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ‘racismo é coisa rara no Brasil’.
No Brasil, é uma coisa rara o racismo. O tempo todo tentam jogar o negro contra o branco, homo contra hétero ou pai contra filho. Desculpe o linguajar, mas isso já ‘encheu o saco’”, disse Bolsonaro. A modelo e apresentadora acenou afirmativamente após ouvir a resposta do líder do Executivo. Em outro momento da entrevista, Bolsonaro relembrou história do período em que esteve no Exército e relatou o dia em que resgatou um colega das Forças Armadas que estava prestes a se afogar. “Por coincidência, é negro”, disse. Bolsonaro ainda afirmou que, se fosse racista, iria “cruzar os braços” diante daquela situação. “Se eu fosse racista: o negão caiu dentro da água e eu ia fazer o que? Eu ia cruzar os braços. Entrei lá. Na segunda vez que mergulhei, consegui trazer o negão do fundo da lagoa”, disse.
Gimenez questionou o motivo pelo qual o presidente durante a campanha eleitoral não usou esses argumentos para afirmar que não era racista. B “Achei que não era o caso de falar. Iam achar que estava apelando”, afirmou.
Banco do Brasil e Preta Gil
Recentemente, o presidente foi acusado de racismo após ter vetado uma propaganda do Banco do Brasil, caracterizada pela diversidade racial, e que havia atores negros e transexuais.
Em 2011, questionado pela cantora Preta Gil sobre o que faria se um de seus filhos casassem com uma mulher negra, Bolsonaro disse: “Não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu”. À época, ele era deputado federal pelo Partido Progressista (PP).
