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Governo diz que retirada de linhas de ônibus não é obrigatória

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Após declarações do secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, de que 100 linhas de ônibus que passam pelas áreas de circulação do metrô seriam retiradas de Salvador, o Estado afirmou, nesta terça-feira (27), que “não haverá, obrigatoriamente, extinção de linhas urbanas” neste momento. Segundo a nota, haverá uma “reestruturação das linhas da capital, conforme acordado em 2014, entre Estado e as prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas, sob a mediação do Ministério Público”.

Por meio da assessoria, o governo explicou que o secretário apenas fez “uma previsão”, mas que não é uma “decisão unilateral”, ou seja, que não é decidida apenas pelo governo. O CORREIO tentou contato com Bruno Dauster, mas o secretário não foi encontrado para comentar o assunto. A nota do governo diz, ainda, que a negociação está em curso desde o início da integração com o metrô.

O prefeito ACM Neto já havia afirmado, nesta segunda-feira (26), que a retirada das linhas é uma medida “impossível”. “Nós não vamos retirar absolutamente nenhuma das linhas que o governo está sugerindo. Isso ia gerar um caos na cidade, a população não pode ficar sem esses ônibus”, comentou o prefeito.

Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) informou que cerca de 200 mil pessoas serão prejudicadas com a retirada das linhas troncais – que correspondem aos ônibus que fazem o mesmo trajeto do metrô.

Diariamente, 200 mil pessoa utilizam as 100 linhas em questão, de acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). Ao CORREIO, a promotora Rita Tourinho comentou que um estudo apresentado pela empresa Oficina – contratada pelo governo – está sendo analisado pelo MP-BA. A princípio, de acordo com Rita, um cronograma de retirada é uma das possibilidades.

“O MP não advoga pela extinção total das troncais, mas deixo claro que, a princípio, o estudo mostra que, se a retirada for feita de forma responsável, o corte não prejudica as pessoas”, ponderou a promotora

Demissões e protesto
O chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, se reuniu, nesta segunda-feira (26), com representantes do Sindicato dos Rodoviários. Conforme o vice-presidente, Fábio Primo, que representou a categoria, não há nada definido sobre a situação.

Segundo ele, o sindicato contabiliza cinco trabalhadores por ônibus – dois motoristas, dois cobradores e uma pessoa que cuida da parte operacional/administrativa. “São quatro ônibus por linha, ou seja, são dois mil [pessoas] na rua. Nós não vamos aceitar isso goela abaixo, vamos nos reunie novamente com a Casa Civil e CCR na próxima semana”, completou.

Uma manifestação dos rodoviários está marcada para acontecer às 9h, nesta sexta-feira (30), no Largo do Campo da Pólvora, no Centro.

Procurada, a CCR Metrô afirmou, por meio de nota, que há capacidade nos terminais e trens, em caso de aumento na demanda.

“Na hora de pico, a oferta é de 80 mil lugares, mas apenas 62,5% é ocupado, transportando, aproximadamente, 50 mil passageiros”, afirmou a CCR, acrescentando que tem capacidade para suportar até 200 mil passageiros a mais, já que a demanda atual é de 550 mil usuários, mas transporta atualmente 350 mil.

 

Redação NES
Redação NES
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