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[Assista] Internauta filma resgate de afogamento na praia de Amaralina

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Um afogamento ocorrido na praia de Amaralina na tarde desta terça-feira (08) (ver vídeo), e que graças a ação de surfistas acabou com um final feliz, expõe um grave problema que há anos ocorre na praia de Amaralina: a falta de salva-vidas.

A praia de Amaralina tem como principais frequentadores os moradores do Nordeste, Vale das Pedrinhas e Santa Cruz. Diferentes de outras praias, situadas em localidades consideradas “mais nobres”, a praia de Amaralina, que recebe um grande contingente de frequentadores, é vítima do descaso do poder público. Como se já não bastasse a situação de abandono da orla do referido bairro, e que somente agora a prefeitura resolveu intervir, os banhistas que se aventuram nas águas de Amaralina estão a mercê da própria sorte.

O Grupamento de Bombeiros Militar (GMAR), ligado ao Governo do Estado, e o Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar), ligado à prefeitura municipal de Salvador, são os órgãos responsáveis pela segurança dos banhistas das praias de Salvador. Atualmente, o Gmar tem postos fixos nas praias de Itapuã, Rio Vermelho, Ondina, Farol, Porto da Barra e Boa Viagem. Por sua vez, a Coordenadoria de Salvamento Marítimo de Salvador (Salvamar) reúne 241 salva-vidas em 34 postos de Salvador. O trecho de atuação da Salvamar vai de Jardim de Alah até Ipitanga, além das ilhas de Maré e de Frades e mais quatro postos móveis que circulam como apoio a salvamentos. O restante, onde inclui-se Amaralina, seria papel do Gmar.

Luis Carlos*, morador do bairro e frequentador assíduo da “Amara Beach”, trabalha como salva-vidas no Salvamar. Com a experiência de quem conhece de fato os perigos do mar, Luís ressaltou à equipe do NES a urgência da implantação de um posto de salva-vidas na localidade: “Nossa praia é muito perigosa… Se pegar as estatísticas podemos ver que já morreram várias pessoas aqui. Recentemente teve o caso de uma menina e outro de um rapaz que salvou duas ou três pessoas ali perto do largo das baianas. Ali perto do posto Shell também é outro ponto muito perigoso. Tem duas correntes de retorno. Tem três anos que morreu uma menina ali perto das escadas”. Entretanto, apesar das estatísticas apontador por Luis, o poder público insiste em fazer vista grossa. “O pessoal do bairro deveria fazer  um abaixo-assinado e cobrar isso. Na praia do buracão, que é vizinha à nossa, tem salva-vidas nos feriados e finais de semana. Por que Amaralina não tem? Uma forma de reivindicar é protestando. Fazer uma faixa, parar o trânsito, chamar a imprensa…”, cobra o rapaz.

*Nome fictício

Assista o Video

 

 

Tiago Queiroz
Tiago Queiroz
Graduado em Comunicação/Jornalismo, e exerce as funções de Editor e Coordenador de Jornalismo do Portal NORDESTeuSOU

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