Em meio a expectativa para a grande final do campeonato aberto de futebol do Areal, que acontece neste domingo (31), um fato desagradável chamou à atenção daqueles que acompanharam o torneio: a situação precária do campo de jogo e de toda estrutura física da “Arena Areal”. Vestiários abandonados, com problemas hidráulicos e no encanamento, traves em situação deplorável e pedras por todo o campo, pondo em a risco a integridade da boleirada. Esses são alguns dos problemas enfrentados pelos usuários do espaço que, inclusive, também é utilizado por crianças da comunidade.
Gilvan Bispo, presidente da liga, ressalta o esforço feito por todos para a realização do torneio em meio a tantos problemas: “Estamos fazendo das tripas coração para conseguir disputar nosso tradicional campeonato. O campo está em péssimas condições, cheio de pedras… Nossas traves estão precisando ser refeitas. Não consertar, mas sim fazer novas traves. Esse campo não é só lazer. É emprego e renda também. Seria bom se os órgãos públicos dessem uma olhada aqui para nosso campo”. De acordo com Gilvan, a última intervenção realizada no local tem aproximadamente dez anos. “Foi realizada pelo Governo do Estado. Na ocasião foi jogada uma camada de arenoso sobre o campo e deu uma melhorada. Entretanto, precisamos de uma obra mais que contemple toda a estrutura do nosso espaço”. A questão do lixo, situado ao lado do campo, é mais um contratempo para os frequentadores do espaço. “A retirada desse lixo é sonho antigo nosso… O lugar certo dele seria aqui ao lado da Brasilgás. Precisamos afastar ele do campo para dar uma condição melhor para as pessoas que vêm assistir aos jogos. Já fizemos várias reclamações na Limpurb, mas infelizmente, até hoje, nada”, finaliza Gilvan.
Para Mauro Jesus, goleiro da equipe da Barca, de fato, o que mais atrapalha são as pedras: “Já tive vários problemas por conta delas. Já me ralei, arranquei “taboco” das pernas… É perigoso para a gente que joga aqui”. Alisson Santana, lateral direito do Barcelona, tem a mesma opinião:
“As condições do campo hoje não são das melhores… Precisa urgentemente passar uma máquina para tirar essas pedras. Tem projeto de crianças que é realizado aqui. Isso pode acarretar em diversos acidentes. Eu mesmo já me acidentei diversas vezes”. Rafael Djá, atacante do Bola 7, é incisivo em suas críticas, principalmente no que tange aos políticos: “Nossos governantes não estão nem aí para a comunidade. Só aparecem para babar o nosso ovo em época de eleição. Teve jogo que tive que voltar para casa todo sujo de terra, pois não tinha água. O lixo é outro problema. Não tem condições nenhuma de alguém assistir o jogo com aquele lixo ali, em tempo de pegar uma doença… “. Por fim, Rafael aproveita para elogiar a organização do torneio: “Apesar do abandono do poder público não podemos deixar de parabenizar a comissão organizadora. Gilvan é um guerreiro. Não sei como ele consegue administrar isso…”.
